Louis Armstrong - We have all the Time in the World

[postlink]http://veiapan.blogspot.com/2011/01/louis-armstrong-we-have-all-time-in.html[/postlink]http://www.youtube.com/watch?v=-82VZ521iY0endofvid
[starttext]
Louis Daniel Armstrong nasceu em Storyville, distrito de New Orleans no dia 4 de agosto de 1901. Com sua voz e sua personalidade indiscutivelmente inconfundíveis encontou gerações, até mesmo aqueles que não são aficcionados por jazz, Louis Armstrong é um dos maiores expoentes do ritmo tanto como cantor quanto trompetista.

De origem humilde, tão logo nasceu, seu pai abandonou a família, assim sendo, o menino pobre cresceu conciliando a liberdade das ruas e o trabalho para o sustento da família, o que o transformou em uma criança extremamente esperta e adaptada à vida árdua. Tão logo conseguiu comprar uma corneta (com dinheiro emprestado de uma família russa-judia, os Karnofskys), sozinho começou a aprender a tocá-la. Além do sopro, cantava com um grupo pelas ruas e avenidas por alguns trocados.

Os motivos que o levaram a um reformatório enquanto jovem são nebulosos. Algumas biografias citam que o motivo foi uma confusão de rua, já outras, dizem que Louis atirou algumas vezes para cima com um revólver em uma comemoração, um policial vê a cena e o encaminha a um reformatório onde passaria um ano e meio recluso. Porém, contrariando todas as prerrogativas, foi justamente essa temporada no reformatório que o fez ter contato intensivo com a música, pois dedicou toto o período ao estudo musical na banda do reformatório, banda que depois viria a liderar. No mesmo local começou a aprender harmonia.

Já livre, fez diversos pequenos trabalhos para se sustentar, aproveitando cada oportunidade para conseguir emprestado uma corneta e tocar onde fosse possível, dentre as inúmeras bandas que fervilhavam por Nova Orleans - uma música que, no entanto, ainda não caracterizava o jazz.

Armstrong se casou, ao todo, quatro vezes. A primeira delas aos 17 anos com uma prostituta de Louisiana. Mas a sua quarta esposa, Lucille, foi a mulher de sua vida.

A musicalidade inata e evidente de Armstrong, aliada à disciplina técnica que adquirira na banda do reformatório, capacitaram-no a tocar num estilo próprio, intrínseco e virtuosístico que se mostrava opção latente ao estilo reinante em New Orleans naquela época. Por volta de 1917, Joe “King” Oliver, ao perceber o enorme talento do jovem, acolheu Armstrong sob sua proteção, recomendou Armstrong para substituí-lo na banda de Kid Ory quando foi a Chicago em 1918. Louis tocou com a banda de Fate Marable entre 1919 e 1921, porém voltou em 1922 para Chicago a fim de se juntar novamente a Oliver. Em 1924, casa-se com Lillian Hardin, pianista do conjunto de Oliver (segunda de suas quatro esposas). Por incentivo de sua recém-esposa, Louis acaba por deixar Oliver e entra para a orquestra de Fletcher Henderson em Nova Iorque, onde ficou por pouco mais de um ano.

É difícil caracterizar um só motivo para toda a fama de Armstrong, de proporções praticamente mitológicas, plenamente merecidas. Ele praticamente caracterizou uma nova forma de fazer jazz. Como instrumentista, Armstrong expandiu os limites de seu instrumento ao ampliar a extensão do trompete até notas consideradas inacessíveis aos executantes anteriores, de tão agudas. Seu som é límpido, quente e penetrante, aliado a um vibrato absolutamente regular nos finais de frases, como poucos na história do jazz. Seu fraseado é admiravelmente focalizado e, acima de tudo, inventivo: Armstrong inicia e termina suas frases em pontos que nunca são previsíveis. Ao improvisar, parece não possuir limites. A maioria dos trompetistas que vieram depois de Armstrong o tem como ídolo e ícone de seu instrumento.

Com o passar dos anos, Louis começou a cantar cada vez mais. Foi especialmente com essa imagem que Louis ficou gravado no inconsciente coletivo. Com diversos hits gravados, incluindo "Stardust", "When The Saints Go Marching In", "Dream a Little Dream of Me", "Ain't Misbehavin'", "Stompin' at the Savoy", "We Have All the Time in the World" (da trilha de James Bond) e aquela que particularmente mais gosto, "What a Wonderful World", é talvez a que mais emocione, tanto pela belíssima letra, quanto pela interpretação única e magnífica de Louis. Seu timbre rouco e grave com certeza seria considerado impróprio para qualquer outro gênero musical. A entonação e o modo como ele construía suas frases musicais aliando um timing perfeito, sensibilidade para cada nota e seu poder de organização dentro da divisão quebrada característica do jazz são fatos marcantes. Louis Armstrong faleceu na cidade de New York em 6 de julho de 1971.


We Have All The Time In The World
(Hal David / John Barry)

We have all the time in the world
Time enough for life to unfold
all the precious things love has in store
We have all the love in the world
If that's all we have
you will find we need nothing more
Every step of the way will find us
With the cares of the world far behind us
We have all the time in the world
Just for love nothing more nothing less only love
Every step of the way will find us
With the cares of the world far behind us
We have all the time in the world
Just for love nothing more nothing less only love
Nós temos todo tempo do mundo


nós temos todo tempo do mundo
tempo suficiente para perder na vida
todas as coisa preciosas que o amor tem guardado
nós temos todo amor do mundo
se isto é tudo que temos
você achará que nós não necessitamos de nada mais
cada etapa do nosso caminho nós acharemos
com os cuidados do mundo longe deixados por nós
nós temos todo tempo do mundo
justo por amor nada mais nada menos somente amor
cada etapa do nosso caminho nós acharemos
com os cuidados do mundo longe deixados por nós
nós temos todo tempo do mundo
justo por amor nada mais nada menos somente amor
[endtext]

0 comentários: