Louis Armstrong - What a Wonderful World

[postlink]http://veiapan.blogspot.com/2008/09/louis-armstrong-what-wonderful-world.html[/postlink]http://www.youtube.com/watch?v=8y3_kH9nYcAendofvid
[starttext]
Louis Daniel Armstrong nasceu em Storyville, distrito de New Orleans no dia 4 de agosto de 1901. Com sua voz e sua personalidade indiscutivelmente inconfundíveis encontou gerações, até mesmo aqueles que não são aficcionados por jazz, Louis Armstrong é um dos maiores expoentes do ritmo tanto como cantor quanto trompetista. De origem humilde, tão logo nasceu, seu pai abandonou a família, assim sendo, o menino pobre cresceu conciliando a liberdade das ruas e o trabalho para o sustento da família, o que o transformou em uma criança extremamente esperta e adaptada à vida árdua. Tão logo conseguiu comprar uma corneta (com dinheiro emprestado de uma família russa-judia, os Karnofskys), sozinho começou a aprender a tocá-la. Além do sopro, cantava com um grupo pelas ruas e avenidas por alguns trocados. Os motivos que o levaram a um reformatório enquanto jovem são nebulosos. Algumas biografias citam que o motivo foi uma confusão de rua, já outras, dizem que Louis atirou algumas vezes para cima com um revólver em uma comemoração, um policial vê a cena e o encaminha a um reformatório onde passaria um ano e meio recluso. Porém, contrariando todas as prerrogativas, foi justamente essa temporada no reformatório que o fez ter contato intensivo com a música, pois dedicou toto o período ao estudo musical na banda do reformatório, banda que depois viria a liderar. No mesmo local começou a aprender harmonia. Já livre, fez diversos pequenos trabalhos para se sustentar, aproveitando cada oportunidade para conseguir emprestado uma corneta e tocar onde fosse possível, dentre as inúmeras bandas que fervilhavam por Nova Orleans - uma música que, no entanto, ainda não caracterizava o jazz. Armstrong se casou, ao todo, quatro vezes. A primeira delas aos 17 anos com uma prostituta de Louisiana. Mas a sua quarta esposa, Lucille, foi a mulher de sua vida. A musicalidade inata e evidente de Armstrong, aliada à disciplina técnica que adquirira na banda do reformatório, capacitaram-no a tocar num estilo próprio, intrínseco e virtuosístico que se mostrava opção latente ao estilo reinante em New Orleans naquela época. Por volta de 1917, Joe “King” Oliver, ao perceber o enorme talento do jovem, acolheu Armstrong sob sua proteção, recomendou Armstrong para substituí-lo na banda de Kid Ory quando foi a Chicago em 1918. Louis tocou com a banda de Fate Marable entre 1919 e 1921, porém voltou em 1922 para Chicago a fim de se juntar novamente a Oliver. Em 1924, casa-se com Lillian Hardin, pianista do conjunto de Oliver (segunda de suas quatro esposas). Por incentivo de sua recém-esposa, Louis acaba por deixar Oliver e entra para a orquestra de Fletcher Henderson em Nova Iorque, onde ficou por pouco mais de um ano. É difícil caracterizar um só motivo para toda a fama de Armstrong, de proporções praticamente mitológicas, plenamente merecidas. Ele praticamente caracterizou uma nova forma de fazer jazz. Como instrumentista, Armstrong expandiu os limites de seu instrumento ao ampliar a extensão do trompete até notas consideradas inacessíveis aos executantes anteriores, de tão agudas. Seu som é límpido, quente e penetrante, aliado a um vibrato absolutamente regular nos finais de frases, como poucos na história do jazz. Seu fraseado é admiravelmente focalizado e, acima de tudo, inventivo: Armstrong inicia e termina suas frases em pontos que nunca são previsíveis. Ao improvisar, parece não possuir limites. A maioria dos trompetistas que vieram depois de Armstrong o tem como ídolo e ícone de seu instrumento. Com o passar dos anos, Louis começou a cantar cada vez mais. Foi especialmente com essa imagem que Louis ficou gravado no inconsciente coletivo. Com diversos hits gravados, incluindo "Stardust", "When The Saints Go Marching In", "Dream a Little Dream of Me", "Ain't Misbehavin'", "Stompin' at the Savoy", "We Have All the Time in the World" (da trilha de James Bond) e aquela que particularmente mais gosto, "What a Wonderful World", é talvez a que mais emocione, tanto pela belíssima letra, quanto pela interpretação única e magnífica de Louis. Seu timbre rouco e grave com certeza seria considerado impróprio para qualquer outro gênero musical. A entonação e o modo como ele construía suas frases musicais aliando um timing perfeito, sensibilidade para cada nota e seu poder de organização dentro da divisão quebrada característica do jazz são fatos marcantes. Louis Armstrong faleceu na cidade de New York em 6 de julho de 1971.

Conteúdo YouTube: arboarv1

WHAT A WONDERFUL WORLD
Composição : Bob Thiele/George David Weiss/Robert Thiele Jr.
(Álbum "What a Wonderful World" - 1968)

I see trees of green,
red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself what a wonderful world

I see skies of blue and clouds
of white
The bright blessed day, the dark
sacred night
And I think to myself what a wonderful world

The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by

I see friends shaking hands saying how do you do
They're really saying I love You
I hear babies cry, I watch then grow
They'll learn much more than I'll never know

And I think to myself what a wonderful world
Yes I think to myself what a
wonderful world

QUE MUNDO MARAVILHOSO




Eu vejo o verde das árvores, rosas vermelhas também
Eu vejo florescer para nós dois
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Eu vejo o azul dos céus e o branco das nuvens
O brilho do dia abençoado, a sagrada noite escura
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris, tão bonitas nos céus
E estão também nos rostos das pessoas que passam
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "Como você vai?"
Eles realmente dizem: "Eu te amo !"
Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso
Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso
[endtext]

0 comentários: